Chove
Chove sobre
meus amores partidos,
sobre os trens que correm,
ligando subúrbios invertidos.
Chove sobre
as ondas
deixando deitado o mar,
manso e vencido.
Chove, a
chuva chove inevitável,
escrita nas estrelas qual destino,
ou fato consumado.
Chove, qual
lágrimas
a pingar de teus ternos olhos
no retrato embaçado
que abraço inconsolável.
Clélia Romano